Perfeccionismo x Felicidade

Sentir e saber nem sempre estão juntos.
Quando falamos em felicidade, o sentir e o pensar se distanciam.
Acreditamos de uma forma irracional que se formos perfeitos seremos felizes.

“Serei feliz quando eu superar todas as falhas e todas as imperfeições” – sabemos que isso não é verdade mas lá no fundo dos nossos sentimentos, acreditamos nisso.

Como será que surge essa crença?

Voltando à nossa infância, lembramos do quão importante era a sermos apreciados, reconhecidos nosso valor e nas nossas qualidades. O quanto era importante que nós nos sentíssemos amados, cuidados e valorizados. Isso significada felicidade e segurança, e nos trazia a experiência da felicidade.

Quem não escutou:
“se você for uma menina boazinha eu gostarei de você” ou “Se você se comportar bem é um bom menino” ou ainda “Se você se comportar mal, eu não gosto mais de você”?
Quantas vezes escutamos isso?
E como isso nos tocou e ficou guardado na nossa sensação de felicidade?
Sermos aprovados ou amados, significava termos valor. E com isso, poderíamos ter amor e felicidade.

E assim surge a nossa busca constante de felicidade, amor e segurança.
Será que uma vida feliz está sempre ligada a uma vida perfeita?

Vamos em busca de um mundo perfeito onde tudo acontece como deveria acontecer na nossa imaginação.
Essa busca constante de perfeição para nos sentirmos amados e valorizados, cria uma dinâmica de interagir com a vida que traz consequências que, na maioria das vezes, não temos consciência.